quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

HOJE FIZ POESIA


O sono me deu ao papel, e eu me dei, assim como intrusa mesmo, à poesia.


BEM-QUERER SER


Algumas vezes te disse que mil vezes eu quis

Das mil que quis, só em poucas te fiz

Minha imaginação não mais ovula

Fixei, desenhei e nunca me satisfiz

Imaginação chega para todos

Satisfação é para tolos

Paliativo, simulacro do bem-estar

Estar é provisório, ser é permanente

Bem-ser, para sempre será impossível

Nem a língua consente

Quando aprendi a querer sem ser

Esqueci como se faz você

sábado, 9 de janeiro de 2010

Sexo+Paixao+Amor = Arte



E tanto se diz, e tanto se fala, e tanto se declama, e tanto se escreve, e tanto se canta, e tanto se pinta, e tanto se encena sobre a tríade: paixão, sexo e amor. O amor realmente é um mistério que nem me atrevo a falar, prefiro deixar quieto, intacto e sentido. O bom é que com o passar dos anos, os itens acima vão tomando outros rumos, razões e movimentos, parar nunca!! Estar apaixonado é tão bom quanto não estar, se estamos é aquele “fuzuê” que todos conhecem, tremedeira, coração saindo pela boca, vou ou não vou, relógios descompensados, interrogações. E quando não se está, fica a expectativa de esbarrar no ser humano mais sensacional do planeta ou a possibilidade de viver abertamente os bastidores da sua ex-vida de casado. Qualquer um está valendo, desde que o coração não seque, aliás se ele não quisesse pular para fora do peito em alguns momentos, como saberíamos que estamos acima do céu e debaixo da terra por alguém? Uma hora ele precisa desacelerar para que corpo inteiro entre em ação ou pelo menos tenha controle para fazer o que tanto se espera entre pessoas que se atraem: o sexo. Ah, como é bom ver o objeto da nossa curiosidade ali despido de tudo que o guardava, pulsando, quente, conduzido pela energia que nos consumiu horas no quarto escuro imaginando aquele momento. E quando chega a hora, o que mais se quer é claridade, para bem lembrar depois da luz refletida nas pupilas, do brilho da pele suada e descobrir o tempero dessa mistura. Sexo bom é doação mútua de prazer, generosidade crua e nua, pura arte.