quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Crer ou Acreditar?


Eu quero crer no amor numa boa, que isso valha pra qualquer pessoa que realizar a força que tem uma paixão!!” (Lulu Santos).
As crenças são indestrutíveis e carregam um tom de eternidade tão forte, que o verbo Crer é um desconhecido no pretérito perfeito. Você já ouviu alguém dizer que já creu em algo?
Tipo... eu cri no que ele falou mesmo sabendo que poderia ser mentira, mas ela não creu.
Preferimos o ACREDITAR, ou seja e mais fácil dar crédito que CRER apesar dos dois terem o mesmo significado.
O que importa o significado se quem manda é o contexto?? As palavras sinônimas vão se distanciando à medida que os contextos determinam os seus rumos. Dar credito é uma expressão mais capitalista e combina mais com esse mundo moderno e Crer é mais comprometedor, tem um tom religioso também. As crenças não se perdem e se perpetuam assim como os sentimentos verdadeiros porque são plantadas quando passamos a “nos conhecer como gente” . Algumas se perdem por serem típicas da infância; quem nunca imaginou a figura do Papai Noel entrando pela janela na noite de Natal? E a realidade vai se mostrando tal como é, quando aquele amiguinho chega pra você e diz: “ Papai Noel não existe, seu besta! É seu pai que bota lá o presente!!”
Que decepção! Melhor que o adulto, a criança sabe se fortalecer com as decepções porque ela vai passando aquilo adiante com um superação incrível!! A desconstrução daquela crença numa cabeça de pouca idade é transformada em momentos de complexo de superioridade, simplesmente para dizer: Eu cresci e não acredito mais em Papai Noel!!
Esse processo é fantástico, puro e lúdico.
E nós? Acreditamos nas pessoas, nos conceitos, nas teorias, em Freud, na fórmula da coca-cola, em Deus, etc... mas nem sempre somos capazes de nos tornarmos maiores quando essas crenças vêm abaixo ou nos põe em dúvida.

Um comentário:

  1. Olá, Rosângela!

    "Mas nem sempre somos capazes de nos tornarmos maiores quando essas crenças vêm abaixo ou nos põe em dúvida." [2]

    Concordo com todo o texto e não poderia deixar de destacar o final dele.

    Um beijo,
    Clê.

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